O manifesto da Comunhão Popular está fundado na defesa de quatro valores básicos, que consideramos princípios inegociáveis para uma sociedade justa.
O primeiro dos nossos valores é a defesa da Vida.
Segundo este princípio, toda pessoa humana, independentemente de sexo, idade, classe, credo, etnia, condição de saúde, orientação sexual ou qualquer outra singularidade, é criada à imagem e semelhança de Deus. Quer dizer, é um alguém, não um algo; possui dignidade, não preço. Sua vida, portanto, é sempre sagrada, valiosa por si mesma, e deve ser integralmente protegida, em todos os seus direitos humanos básicos, desde o momento da concepção até a morte natural. Dentro dos limites da lei moral natural e das exigências do bem comum, perante os quais todos temos deveres irrenunciáveis, cada pessoa deve possuir a mais ampla liberdade de ação possível.
Em nome da defesa da Vida, a Comunhão Popular se opõe radicalmente a qualquer projeto de legalização do aborto e da eutanásia, lutando, porém, com igual força para que o Estado preste todo auxílio a gestantes e doentes em situação de desamparo. Acreditamos que é uma questão ética fundamental não permitir jamais que a lei autorize o homicídio de um inocente, mesmo que ele ainda seja um embrião ou que sua saúde esteja muito deteriorada. Por outro lado, consideramos hipócrita qualquer defesa da vida que não inclua a promoção de melhores condições sociais para o povo, bem como o combate à miséria. Portanto, as gestantes em situação de desespero, que eventualmente se sintam tentadas a interromper a gravidez, devem encontrar no serviço público toda uma rede de acolhimento, com assistência psicológica, social e econômica.
Também em nome do princípio da Vida, exigimos uma grande reformulação da política de segurança, de modo que o crime organizado seja duramente combatido, mas dentro de um quadro de respeito aos direitos humanos. Isto implica uma polícia focada em ações de investigação e inteligência, bem como na proteção da população inocente, muitas vezes sob o domínio de facções criminosas. Da mesma forma, é preciso construir uma relação positiva entre a população e a polícia, que exerce papel indispensável na proteção da sociedade e que deve contar com os meios para exercer bem suas funções. Na mesma linha, urge uma reforma do sistema prisional, hoje uma verdadeira universidade do crime, que desrespeita os mais básicos direitos dos presos, tratando-os de formas subhumanas. Por fim, é necessário atacar as raízes sociais da violência: sem uma cultura de paz e de especial cuidado pelos mais pobres, nenhuma política de segurança pública será eficaz.
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