Infelizmente, ainda não é do conhecimento de todos a tragédia acontecida na última semana com o povo indígena yanomami, em Aracaçá, Roraima.
A princípio, segundo denúncias, um ato extremamente desumano: garimpeiros violentaram sexualmente uma menina indígena de 12 anos e assassinaram uma criança de 3, da mesma tribo. Em seguida, após a denúncia dos crimes, a própria aldeia da comunidade foi incendiada. Hoje, são ao menos 25 yanomami desaparecidos.
Nas redes sociais, muito se comenta que, apesar da gravidade e da barbaridade dos incidentes, não houve grande comoção popular sobre o caso. Mesmo a movimentação por parte de deputados e senadores só ocorreu depois de forte apelo na internet.
A Comunhão Popular, evidentemente, se solidariza com os yanomami e exige uma rápida apuração do caso, bem como uma urgente revisão da forma como o garimpo e outras atividades ilegais têm avançado em regiões indígenas, trazendo doenças e morte. Acreditamos, porém, que é necessário olhar a questão mais a fundo e pensar sobre a nossa consciência como nação.
A consciência nacional do Brasil precisa se ampliar e abranger de fato todo o povo brasileiro, rompendo com visões unilaterais da história. Somente assim será capaz de se indignar e de gritar que toda vida importa, mesmo diante de interesses escusos, que usam até o nome de Deus para defender morte e violência.