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O ESTANDARTE QUE SEGUIMOS

Em 30 de maio, celebra-se o dia de Santa Joana d’Arc. A “Donzela de Orléans” é muito mais do que uma heroína medieval da França na luta contra os ingleses. Santa católica queimada como herege, cuja vida foi tão documentada e tão cheia de mistérios, sujeita a juízos inesperados e às apropriações mais insólitas, ela foi, sem dúvida, uma das grandes mulheres da história da humanidade.

Encontramos muitos grupos que buscam se apropriar de Joana, como se pudessem fatiá-la e distribuir apenas a parte que lhes interessa. Alguns veem na sua fé motivo para um cruzadismo deslocado do seu tempo; outros veem na sua feminilidade guerreira uma inspiração para ideias progressistas; há aqueles que consideram seu julgamento uma amostra dos defeitos intrínsecos às instituições e à Igreja; lembramos, ainda, dos que se apegam a Joana para exaltar o nacionalismo.

Nós não queremos ser assim. Não nos apropriamos de Joana, seguimos Joana. Cerramos fileiras com ela, atendendo ao apelo de Deus em socorro contra a opressão. Somos animados pelo amor ao povo, à pátria, à fé, sem medo de ser motivo de escárnio por isso, carregando mil contradições aparentes, com nossa donzela vestida de armadura, para libertar as cidades cercadas e seus cativos, vítimas de violência, de tortura, de fome e de pobreza. Não julgamos que os poderosos estão isentos das leis de Deus, nem que estamos livres do pecado e dos vícios só porque defendemos uma boa causa. Permanecemos, ainda, apegados à legitimidade mesmo quando tudo parece perdido.

Seguimos, sobretudo, a jovem que permanece fiel à verdade, com respostas simples de camponesa do povo, iluminada pela graça, diante das fraudes dos supostos sábios e dos poderosos da época, sem se importar se está desamparada pela força predominante no momento. Seguimos, sob o estandarte de Joana, até o fim.

Sob Deus e com os pobres,
A Comunhão Popular.

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