19 de agosto é considerado o “Dia do Historiador” desde que entrou em vigor a Lei nº 12.305/2010, que declarou ser o natalício do líder abolicionista pernambucano o dia da lembrança dos profissionais da História.
A rigor, Nabuco foi mais escritor, sociólogo e político do que historiador. Mas seus escritos são bastante aproveitados pelos historiadores brasileiros, inclusive como fonte primária. Nabuco fez boa radiografia do Oitocentos brasileiro em duas grandes obras, uma a biografia de seu pai, e outra a sua própria biografia. “Um estadista do Império” e “Minha formação” são considerados clássicos da literatura de viés sociológico e político no Brasil.
Nabuco, com André Rebouças, José do Patrocinio e outros grandes nomes do abolicionismo no Rio de Janeiro, em Pernambuco, no Ceará, na Bahia, em São Paulo, no Maranhão e em diversas províncias do Império, conduziu o processo legislativo que exterminou a “instituição nefanda” entre nós, isto é, a escravidão que datava de mais de três séculos e havia submetido ameríndios e africanos à infâmia da desumanização e da exploração letal.
Conhecer a História do Brasil é fundamental para exercer a cidadania. Tanto Boris Fausto como José Murilo de Carvalho, que estão entre os maiores historiadores brasileiros, reiteram que o povo brasileiro tem um conhecimento muito superficial de sua história e que, por causa disso, tem práticas cidadãs muito precárias. “História não é perfumaria”, lembrou o Deputado Enrico Misasi, no seminário dos 200 anos da Independência, na Câmara dos Deputados, em junho deste ano. A história não deve ser nem ignorada e nem idealizada, como muitas vezes assistimos atualmente. Peter Burke, grande historiador britânico atual, preleciona que “os historiadores existem para fazer a sociedade se lembrar daquilo que ela quer esquecer”.
A Comunhão Popular celebra de modo todo especial este “dia dos historiadores”, saudando-os e lembrando de sua importância para o soerguimento de nosso Brasil.
Sob Deus e com os pobres,
A Comunhão Popular